A mobilidade elétrica é uma expressão para definir um conjunto de modais de transporte que utilizam a eletricidade como combustível, ou seja, dispensado o uso de gasolina, etanol ou óleo diesel. Os modais elétricos verdes vão desde patinetes, motos, triciclos, carros de passeio, até vans, ônibus e caminhões.
Pode parecer utopia, mas a mobilidade elétrica sustentável já é uma realidade no mundo, inclusive no Brasil. Faz parte do processo global de transição energética, em que se busca reduzir o uso de combustíveis fósseis e a dependência de derivados do petróleo no segmento de transportes – este um dos principais emissões de poluentes na atmosfera (25% das emissões mundiais de C02).
Segundo relatório da BloombergNEF (BNEF), as vendas de veículos elétricos no mundo vão triplicar para 21 milhões por ano em 2025, quando comparadas com o volume de emplacamentos globais no ano passado (6,6 milhões.). A previsão é que a frota mundial vai passar de 16 milhões (2021) para 229 milhões em 2030. A China e a Europa irão responder por quase 80% das vendas em 2025.
No Brasil, as vendas de veículos elétricos cresceram 77% em 2021 na comparação com o ano anterior, com 34.990 unidades emplacadas no ano, segundo a Associação Brasileiro do Veículo Elétrico (ABVE), com base em dados do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam). A conta inclui automóveis e comerciais leves elétricos híbridos (HEV), plug in (PHEV) e a bateria (BEV). Conforme a entidade, a frota brasileira eletrificada chegou a 77.259 ao final de 2021.
Diversas empresas estão abraçando a mobilidade elétrica. Recentemente, o IFood anunciou uma parceria com a Voltz e banco BV para incentivar os entregadores a aderirem às motos elétricas. Nós, como grupo CPFL Energia, estamos investindo R$ 20 milhões para a criação de um Laboratório de Mobilidade Elétrica em Indaiatuba (SP), com previsão de substituir toda a frota operacional a combustão por elétricos.
“O projeto em Indaiatuba é apenas o começo de uma grande transformação e engloba uma série de ações estruturantes no âmbito da mobilidade elétrica. Estamos trabalhando com visão de longo prazo, a fim de identificar tendências e caminhos para novos negócios em um cenário de mudanças do mercado”, afirma Renato Povia, diretor de Estratégia e Inovação da CPFL.
Além da eletrificação de frota de Indaiatuba, a empresa mantém o projeto de P&D Plataforma de Eletromobilidade, que tem como objetivo desenvolver um sistema para soluções com monitoramento dos dados dos usuários para avaliar o comportamento em cada local.
Outras ações da empresa incluem programas como Eletroposto Sustentável, que trata do desenvolvimento de eletropostos associados a bateria e painel fotovoltaico para menor impacto na rede, e Second Life, responsável pela criação de uma metodologia para reaplicação de baterias usadas de veículos elétricos como baterias estacionárias.
Além disso, no projeto Campus Sustentável, realizado em parceria com a Universidade Estadual de Campinas, a CPFL deu início ao projeto de P&D Ônibus Elétrico. O ônibus piloto, que conta com um sistema de monitoramento, entrou em circulação em 2020.
No entanto, ainda há muitos desafios a serem superados para que a mobilidade elétrica tenha presença massiva no nosso país. Uma das principais preocupações é com a matriz de energia que vai abastecer esses veículos, a qual precisa ser cada vez mais limpa e renovável. Também há desafios do ponto de vista de infraestrutura elétrica, instalação de carregadores de alta velocidade, bem como a necessidade de ganho de escala na fabricação de baterias, item de maior custo de um veículo elétrico.
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Fonte: www.cpflsolucoes.com.br