Para acelerar a adesão do Brasil pelo uso de carros e motos elétricos, um grupo de empresas se reuniu e transformou a causa em uma bandeira em benefício de todos. Ipiranga, Unidas, 99, Caoa Chery, Movida, Raízen, Zletric e Tupinambá Energia fecharam uma aliança para que a venda do segmento aumente dos atuais 2% para 10% da frota que sai todos os dias de lojas em todo o país.
Porém, mais do que um grupo que foca em vendas e promoção de serviços, a aliança também está preocupada com a quantidade de pontos de recarga do país, pois, para que o aumento seja de fato eficaz, são necessários dezenas de milhares de novos pontos. Atualmente, no Brasil inteiro há cerca de 1,5 mil.
A preocupação da aliança pode pressionar a mudança das leis do país
Não há, atualmente, nenhuma lei ou incentivo, por parte do Governo Federal, de produção e promoção de veículos elétricos no país, o que faz com que toda a infraestrutura para que isso aconteça também esteja atrasada. Por sua vez, para que haja um aumento significativo, serão necessários pelo menos R$ 1 bilhão em investimentos.
Isso porque a matemática é simples: ainda que a aliança proponha a criação de 10 mil pontos de recarga, seriam necessários pelo menos 80 mil. Se cada um custa entre R$ 20 mil e R$ 200 mil, de acordo com suas especificidades e tipo de recarga, o investimento seria alto o suficiente para mover a cultura sobre o mito do carro elétrico em solo brasileiro de algo impraticável para uma nova tendência.
Resta saber, agora, se as boas ações da aliança de fato conseguirão modificar a hierarquia da tomada de decisões do país. Se depender dela, haverão mudanças significativas nos próximos anos.
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