Nos últimos anos, diversas soluções para o grande Calcanhar de Aquiles dos carros elétricos surgiram: a durabilidade das baterias de íons de lítio nunca foi seu ponto forte, e isso prejudicou desde sempre o argumento de montadoras do mundo inteiro. Afinal, como vender um carro com proposta sustentável se ele demanda de recarga o tempo inteiro? Ou pior: as baterias propulsionam potências abaixo do esperado.
Por isso, a notícia recente parece ter animado, já que as montadoras estão resolvendo a questão da potência com facilidade. Um trio de estudantes da Universidade de Illinois, em Chicago, desenvolveu uma estação de carregamento à luz solar para carros elétricos. Aliás, o projeto teve como objetivo carregar o Gemma, o carro elétrico usado pelo escritório local responsável pelo planejamento, sustentabilidade e gerenciamento de projetos da mesma universidade. E deu certo.
Os estudantes conseguiram fazer com que a estação contasse com um painel solar de 300 watts, o que foi o suficiente para que uma carga completa fosse realizada. Agora, as três cabeças, sendo duas do curso de engenharia mecânica e uma de engenharia biomédica, farão com que o resultado atinja novas perspectivas e patamares, para quem sabe ser utilizado em outros projetos.
Os planos da estação de carregamento são promissores
“Esperamos três meses pela chegada de um trailer que pedimos. Cancelamos o pedido e fizemos a transição para um sistema estacionário”, afirma Joe Downie, um dos estudantes, que conta que a ideia era essa desde o início: fazer uma plataforma móvel para que pudessem carregar diversos veículos nos arredores da universidade, promovendo a ideia e propagando uma nova forma de enxergar os veículos elétricos.
“Para carregar o Gemma fora da rede, implementamos um painel solar de 300 watts. O painel solar carrega uma bateria que é usada para carregar Gemma à noite. A estação de carga implementa o rastreamento solar manual e possui 12 configurações para que seja inclinada a ser mais eficiente a cada mês”, diz Downie, o que indica o tamanho da responsabilidade e a importância do projeto desenvolvido pelos estudantes.
Aliás, o pontapé faz parte do Engineers for a Sustainable World, um programa da própria Universidade de Illinois, voltado à criação de tecnologias sustentáveis. Com isso, mais uma vez a ciência prova que a sustentabilidade é pauta essencial nas discussões sociais, e investir em educação é o caminho mais concreto para que as melhorias ocorram de forma contínua.