A China vem se tornando a principal consumidora de veículos elétricos e híbridos há anos, como demonstram os números recentes do país, que conseguiram superar facilmente os do mesmo período de 2021. Em março de 2022, a China emplacou nada menos que 455 mil modelos ecossustentáveis, os quais se transformaram em queridinhos no país asiático.
Ainda que a Europa represente o berço desse tipo de pioneirismo, o mercado chinês é voraz e se movimenta rapidamente, o que significa que o consumidor está de olho nas novidades e tendências. Nesta década, a transformação prometida já está acontecendo, como demonstra a queda de vendas de carros a combustão, de 11% em relação a março de 2021. Os veículos elétricos tiveram suas vendas 122% maiores, para fins de comparação
Os modelos a bateria ainda são os favoritos dos chineses
Existem algumas siglas que já se tornaram partes intrínsecas do consumidor antenado. Os veículos BEV, por exemplo, são os elétricos movidos a bateria, enquanto os PHEV pertencem ao grupo dos híbridos com plug-in. Nessa sopa de letras, os carros 100% elétricos são imensa maioria no ranking das vendas chinesas do último mês de março, representando 81%, ou 360.000 unidades. Os outros 19% são quase todos de modelos híbridos com plug-ins.
Isso significa claramente que o mercado chinês, cuja representatividade é cada vez mais importante para o que ditará as regras daqui em diante, principalmente em tempos de pandemia de covid-19, está se tornando influente para responder às marcas automotivas o que o consumidor quer em sua garagem.
Por falar em marcas, veja como elas estão se comportando no mercado chinês
Com todos os números positivos em mãos, o mercado automotivo chinês está despertando para as grandes montadoras do planeta. Se o primeiro trimestre de 2022 teve aumento de significativos 146% em relação ao mesmo período do ano anterior, a BYD encontra diversas razões para comemorar: é a líder, com 104.878 emplacamentos, sendo 53.664 BEV e 50.674 PHEV.
Em seu rastro está a SAIC, com 74.509 unidades vendidas, e em terceiro a Tesla, cada vez mais relevante, como ela mesma está apostando, com 65.814 modelos elétricos distribuídos pelo país – apenas em março de 2022. Ou seja, se um veículo elétrico é consideravelmente mais caro em primeiro plano, é no dia a dia que ele comprova sua eficiência, pois, com isso traz uma série de questões não apenas sobre o quando o consumidor quer gastar, e sim sobre como ele quer consumir e se responsabilizar pelo mundo.