A China está se transformando, mais uma vez, em referência mundial. Agora, porém, o assunto é a produção de carros elétricos no país, que tem aumentado em níveis exponenciais. O resultado é um exemplo a ser seguido, desde as motivações que levaram o país a apoiar iniciativas de sustentabilidade de forma massiva, até as escolhas simples de modelos que ocupam uma faixa popular de valor.
Isso porque os carros elétricos e os híbridos plug-in ultrapassaram, em novembro de 2021, as 400.000 unidades. Ou seja, em apenas um mês, o aumento foi de 106% em relação ao mesmo período de 2020. Dentro dessa equação, estão modelos como o famoso Tesla Model Y, com pouco mais de 23 mil unidades vendidas, e o campeão de vendas, o Wuling Hong Guang MINI V, com mais de 40 mil. Mas nada supera a BYD, que, dentro do ranking com os 10 modelos mais vendidos, cinco são seus.
A China está mudando todo o mercado asiático
Aos poucos, a China modifica o mercado asiático inteiro, partindo do princípio de que o seu público busca, em primeiro lugar, praticidade, para somente então olhar outros parâmetros, como tecnologia e nível de conforto. Não que os modelos do ranking não sejam confortáveis, mas em sua maioria não pertencem aos super luxuosos carros de origem alemã, por exemplo.
Desta forma, o modelo chinês de comercialização de veículos elétricos pode ser um ponto de partida para diferentes estudos: observar o mercado asiático e como os modelos são desenvolvidos para atingir certos números de vendas, analisar a forma com a qual o consumidor chinês está aderindo ao segmento dos eletrificados, ou até mesmo compreender o que fazer, quando se tem mais de um bilhão de pessoas no país, para estimular a sustentabilidade através de um carro.