O Gurgel Itaipu fez história no Brasil. Não apenas a montadora marcou diversas gerações como uma das pioneiras indústrias nacionais a desenvolver um modelo para o povo brasileiro, como também o seu desaparecimento gradual. Porém, se tem algo que tornou a Gurgel ainda mais destacada foi o seu Itaipu E-400, modelo elétrico repleto de peculiaridades.
Quando apresentou seu protótipo, em 1974, o modelo não chegou a ir adiante, chegando ao mercado apenas em 1982, ganhando o título de primeiro elétrico em série produzido no país. Porém, foi quando Val Arrais, em um projeto de pós-graduação do SENAI, apresentou a ideia com base no veículo Itaipu E-400, que estava parado há pelo menos 20 anos, é que o retrofit foi cogitado.
Momento nostálgico do elétrico brasileiro
A partir desse ponto, a modernização passou a ser trabalhada, sendo Val um antigomobilista, cuja paixão por automóveis ultrapassa as quatro rodas funcionais: em seu caso, ele tornou o modelo E-400 parado como parte essencial para apresentá-lo com as devidas atualizações. Os investimentos ultrapassaram R$ 60.000, e o modelo foi montado com um motor de 15 kWh, correspondente a 20 cv, com velocidade máxima de 100 km/h.
A grande diferença está na restauração do carro, e na atualização das tecnologias utilizadas para tornar o motor do modelo atual muito mais moderno.
A partir de então, os erros com os quais o Gurgel Itaipu foi desenvolvido, lá atrás, é o que moveu o projeto deste retrofit, cujo desenvolvimento traz uma série de questões para corrigir, mas, também faz com que o mundo enxergue, no pioneirismo de um modelo que fez história, um olhar mais justo sobre seu alcance. Pois, mesmo com os erros do Gurgel Itaipu, é possível fazer diferente, aprimorar o que precisa de novas chances, e apresentar ao consumidor o veículo elétrico sustentável para os novos tempos.
