O sistema de recarga de um carro elétrico não é simples, mas as baterias desenvolvidas para esse tipo de veículo ganharam o público, pela confiança em sua usabilidade. Porém, como tudo é cíclico, o tempo de vida útil acaba, e é preciso tomar alguns cuidados para que a reciclagem desse tipo de bateria seja feita com responsabilidade.
Tudo começou com a parceria do BMW Group Brasil, o SENAI Paraná e a metalúrgica Tupy. Cada qual é responsável por um determinado processo, sendo a montadora alemã a responsável pela comercialização dos carros, a instituição de ensino pelo processo de pesquisa e desenvolvimento e a Tupy como a responsável por fazer tudo sair do papel.
Em um projeto cujos investimentos são de R$ 3,4 milhões, o retorno pode ser muito maior, sobretudo porque a previsão é de que o processo de reciclagem será feito por hidrometalurgia.
Entenda o processo de hidrometalurgia na reciclagem de baterias
Ao invés do tradicional processo de pirometalurgia, que envolve o calor na separação de metais e destituição de um material complexo, como a bateria de automóveis elétricos, a hidrometalurgia visa extrair os metais através da dissolução, o que já é bastante utilizado, por exemplo, na extração de ouro, urânio, zinco, níquel e cobre, entre outros.
Através da hidrometalurgia, a decomposição de uma bateria seria feita de forma menos agressiva ao meio ambiente, o que resulta em muito mais coerência à comercialização de veículos elétricos, tendo em vista que o final desse produto respeita os princípios pelos quais ele foi inventado. Afinal de contas, de que valeria transformar a produção de automóveis em algo 100% elétrico se o final, o descarte da bateria, fosse feito de forma irresponsável?
Portanto, vale evidenciar o assunto a partir do momento em que o seu veículo, ou de alguém próximo, for adquirido na modalidade elétrico. Os cuidados com a bateria e com seu tempo de vida merecem atenção redobrada.
