O transporte naval tem sido utilizado desde os primórdios, quando a humanidade compreendeu que o ir e vir da conquista e da diplomacia poderia ser feito pelo mar. Por sua vez, o comércio mundial é completamente dependente do oceano para ser realizado de forma plena, diariamente, e aos poucos a evolução tecnológica tem se mostrado alarmante para essa rotina.
Isso acontece porque existe um status quo do que deve ser feito, ou seja, procedimentos e padrões realizados há décadas. Através dele, existe uma só comunicação entre todas as nações que utilizam o mar como condutor de transporte.
O resultado, então, é uma mudança de paradigma que começou há cerca de 30 anos, quando a Indústria 4.0 começou a dar seus passos mais firmes.
Com ela, o impacto direto na mão de obra trouxe os diversos questionamentos a respeito do que fazer a seguir, sobretudo quando o avanço tecnológico estivesse a ponto de substituir de vez o trabalho humano.
Como a tecnologia mudou tão rápido nos últimos 30 anos
Hoje, é possível enxergar os passos almejados na década de 1990, quando tudo começou a acontecer. Navios começaram a ser altamente tecnológicos, e complexos sistemas de navegação abriram as portas para dois caminhos: o aprimoramento da indústria naval em si, e o crescimento do comércio via transporte marítimo.
A indústria naval, acostumada ao apelido desde os poderosos navios da Segunda Guerra Mundial, conseguiu se transformar em mero cenário para controle remoto de estrategistas bélicos. Se na década de 1990 isso era coisa de cinema, hoje é o contrário: navios funcionam como drones, ou seja, não é mais preciso a presença humana para atacar ou proteger uma nação.
Por sua vez, o comércio via transporte marítimo tem ganhado cada vez mais adeptos de tecnologias, que influenciam diretamente o ir e vir de navios enormes entre apertados canais ou largas faixas oceânicas. Em contraponto, a eficácia ainda é questionável, mas definitivamente é um caminho sem volta.
Isso porque há, ainda, o terceiro lado da situação: o turismo. Cruzeiros têm se tornado verdadeiros hotéis e parques de diversões sobre a água, e tudo isso é possível porque a tecnologia avançou de maneira surpreendente nos últimos 30 anos.
A verdade por trás do transporte marítimo
Ainda que pareça um mar de maravilhas, há uma verdade surpreendente por trás de toda evolução tecnológica: ela está colocando em cheque centenas de milhares de empregos, ao invés de servir como ferramenta de otimização.
Por isso, ainda que seja uma evolução, é necessário ponderar, dentro de toda a lógica por trás dessa convenção sobre o trabalho marítimo, como não interferir na mão de obra humana e na biosfera ao redor.
Quais são as ameaças dos navios autônomos?
As grandes ameaças da evolução do transporte naval e os navios autônomos está na consequência para o mundo em poucos anos. Por um lado, a tecnologia é farta e caminha a passos largos para tornar os processos verdadeiramente remotos, mais seguros e práticos.
Por outro lado, o resultado disso afeta a cadeia de empregos, e também pode estimular os meios de produção a uma excessiva carga, a qual será muito mais dispendiosa do que relevante ao mercado de consumo.
O fator humano perde valor
A partir do momento em que o fator humano não fizer sentido, seja pela diminuta tripulação dos atuais navios semi-autônomos, ou por completo em um futuro próximo, há consequências para o valor do trabalho.
A principal delas é o enorme contraste entre a mão de obra atual e a pretendida, com estudo voltado para a tecnologia da informação dentro e fora das embarcações. Em detrimento disso, haverá falta de emprego para a atual demanda.
A lógica do ir e vir é alterada
Com a automação completa de embarcações de pequeno, médio e grande portes, o fluxo poderá ser ainda maior, e o resultado pode ser o uso excessivo de embarcações ainda bastante poluidoras, além da produção em si degradar o meio ambiente.
Porém, é fato que a automatização do comércio, sobretudo na parte logística, nos portos, poderá trazer grandes benefícios para a quantidade alcançada a cada dia.
No final das contas, a evolução é boa?
A questão é justa, mas não existe uma resposta fácil. Aliás, o que deve ser feito, em primeira instância, é a reflexão das vantagens que cada passo dado pelos sistemas de transportes marítimos podem dar com todas as respostas encontradas até o momento.
Sim, por meio da evolução do transporte naval muitas vidas podem ser salvas através das infinitas possibilidades que a navegação pode proporcionar. Porém, a geração de empregos e o lidar com as consequências ainda é algo a ser resolvido.
Portanto, tal evolução é um passo necessário, mas cabe às empresas de tecnologia pautar suas soluções focando em problemas e necessidades, e não apenas em lucro.
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