Mobilidade urbana e elétrica são palavras que se combinam além de qualquer tendência. O mundo está conectado a uma problemática: retomar a força do meio ambiente em discussões de todos os segmentos, mas especialmente na indústria automobilística, que carece desse tipo de atitude há décadas. Hoje, o desenvolvimento tecnológico parece ter alcançado níveis fortes o suficiente para tornar a discussão recorrente. Mas como preparar um mundo cujos governantes não estão preparados?
Essa é a grande questão no Brasil no momento: traçar diversos benefícios fiscais e de infraestrutura para garantir a transição entre os meios tradicionais de produção automotiva à grande compreensão do que é mobilidade urbana para o século XXI. Para que isso aconteça, as empresas do setor precisam investir em soluções para a produção de veículos elétricos, e os meios públicos devem adequar ruas e transportes coletivos às redes elétricas para garantir que o funcionamento seja verdadeiramente útil.
Investimentos podem retornar em benefícios a médio prazo
Ainda que decisões sobre a eletrificação veicular sejam recorrentes, o incentivo para que ela de fato ocorra não é. Quem sofre em primeira instância é o consumidor, que se interessa por esse tipo de produto e tem sua conscientização trabalhada ao longo de anos, mas não encontra meios de sustentar um carro elétrico no país, sobretudo quando fora de grandes centros urbanos.
Apostar em mobilidade elétrica deixou de ser algo arriscado há anos. Hoje, sequer é tendência, e sim a regra que tem movido a indústria automobilística para a próxima década. Desta forma, se o Brasil mantiver sua tradição e pioneirismo ao investir nos direcionamentos corretos, como fez com o etanol lá atrás, pode ser que consiga se recuperar de seu atraso, e aprenda que a mobilidade elétrica é uma das principais chaves para lidar, inclusive, com possíveis crises internas.