O que qualquer pessoa diria, há poucos anos, se lesse uma chamada como essa? Que a ficção científica finalmente deu as caras no mundo e que a indústria deu o pontapé para quebrar a barreira entre o que era comum na literatura e inimaginável na vida real. Pois a Ducati parece ter entendido muito bem o conceito em seu modelo V21L.
Com planos para lançá-la em 2023, a marca italiana, pertencente à Lamborghini, quer ocupar as ruas com modelos cuja motorização seja feita com base em energia limpa. Mais do que isso, aliás, a Ducati está seguindo os novos padrões do grupo Volkswagen, dona da Lamborghini. Ou seja, se a marca alemã está com planos ambiciosos para sua fábrica em Wolfsburg, suas subsidiárias também trilharão o mesmo caminho.
Como a Ducati pretende trazer a pegada de superesportiva à motorização elétrica
Tudo começou quando a marca fechou contrato para a MotoE World Cup, que até então tinha os modelos fornecidos pela Energica. A Ducati será a fornecedora das temporadas de 2023 a 2026. Para integrar o ainda seleto clube de montadoras de motocicletas elétricas, o modelo V21L veio com duas promessas: a simplicidade em sua mecânica e a velocidade atingida pelo motor elétrico.
Um dos segredos para tornar a promessa de ficção científica real é a relação peso/potência, com baterias em posição central, onde normalmente está o motor de uma motocicleta. Outra característica do modelo é que tal posição faz com que o centro de gravidade seja baixo e, com ele, a aerodinâmica e a gravidade estejam em acordo para fornecer o melhor desempenho a partir do design.
Apesar de não ter nenhum dado técnico oficial divulgado, estimativas dizem que o motor é tão pequeno que pode ser comparado ao de um barbeador, pois, em contrapartida, o motor elétrico refrigerado a água gera 110 kW de potência, o equivalente a 147 cv, levando-a de 0 a 100 km/h em apenas 2,8 segundos, e atingindo a máxima de 257 km/h.
Resta saber, agora, até que ponto a ficção científica vai copiar a Ducati em sua literatura, porque definitivamente o jogo se inverteu.
