As baterias de íons de lítio são as atuais soluções para que modelos elétricos e híbridos circulem em todo o mundo. Porém, a disputa por um mercado global envolvendo o Brasil tem chamado a atenção do segmento, pois pode ser que a produção esteja centrada no país, o que indica grandes mudanças para o mercado interno. Mas o que de fato essa disputa significa?
A disputa parte da mineradora Sigma Lithium, que confirmou um programa de perfuração em Minas Gerais. O projeto, denominado como Grota do Cirilo, começará a entregar já em 2023 cerca de 37.000 toneladas de carboneto de lítio. A origem da empresa, de Vancouver, no Canadá, é controlada pelo fundo de private equity A10 Investimentos, brasileiro. O objetivo é que este seja o maior projeto de extração de lítio de todas as Américas.
A partir do próximo ano, o mercado promete se aquecer ainda mais
Se a taxa de perfuração de 2023 é promissora para a empresa, em 2024 o número quase dobra: 72.000 toneladas. Com isso, a empresa alcançará países como China, Austrália e Chile, líderes da extração do metal até então. Na prática, o Brasil passará a se envolver na produção de matéria-prima essencial para que os carros elétricos funcionem, o que pode significar uma série de mudanças na estrutura do segmento no próprio país.
A disputa comprova, acima de tudo, que o Brasil está mais do que preparado para a nova demanda do mercado de veículos elétricos. Apesar do contrassenso na falta de iniciativas concretas das esferas públicas, o setor privado está de olho nas mudanças globais, e o seu desenvolvimento faz com que o setor se aqueça ainda mais. Em 2023, um capítulo importante dessa mudança está para se formar.
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