Em 1997, a Citroën lançou seu modelo Saxo, uma espécie de veículo híbrido em seus formatos, como a marca tem tradição em fazer desde os anos 1950, mas com um grande diferencial que, para a época, era sinal de evolução e audácia para o mercado automobilístico: o Saxo é um carro elétrico. 25 anos depois, observar como a marca francesa lidou com seu modelo é um ótimo estudo de caso para compreender como ela e suas concorrentes estão fazendo hoje.
O lançamento foi uma forma da marca francesa combater o Fiat Panda Elettra, que fazia certo sucesso na época. Por isso, o Saxo foi responsável por 5.500 clientes satisfeitos, ou ao menos é isso o que a Citroën divulga, marca atingida em cinco anos de mercado.
Modelo tinha suas vantagens há 25 anos
O nome completo é chique: Citroën Saxo Electrique. O resto é, literalmente, história: havia as versões de 3 e de 5 portas, e seu peso chegava a 1095 kg com as baterias, e 840 kg sem. Quando saiu de linha, em 2003, a marca indicou o motivo como falta de lucro, ou rentabilidade pelo que era oferecido e o que eles ganhavam. Ou talvez tenha sido a ótima ideia em um projeto que não interessava ao público, pois o Saxo atingia a máxima de 91 km/h e 75 km de autonomia.
O já clássico francês faz com que a Citroën alcance maior autoridade nos dias de hoje. Compreender como a marca lidou com o lançamento há 25 anos demonstra o cuidado em inovar, mesmo em um tempo no qual carros elétricos eram luxos dispensáveis para o consumidor. Agora os tempos são outros, e a exceção está cada vez mais próxima de se tornar a regra. Felizmente, há modelos como o Saxo para provar que o carro elétrico melhorou muito.