O sinônimo de carro elétrico foi, por muito tempo, algo como o elefante branco na sala da indústria automobilística, pois não havia equilíbrio entre o que o mercado de consumo esperava, o que a indústria oferecia e o que o meio ambiente precisava. O resultado foi mercadologicamente desastroso e, mesmo assim, o conceito perdurou.
Hoje, o mercado está aquecido, e os carros elétricos chegam com designs modernos, tecnologias de ponta, conforto máximo e, talvez o mais importante, baterias que os tornem limpos e donos de poderosas autonomias. Por isso, pode ser que você não se lembre, mas alguns elétricos passaram pela indústria, nesse tempo, e… Só. Ninguém se lembra deles.
Ou melhor, quase ninguém, porque agora você vai conferir uma lista bem especial dos porquês a indústria automobilística precisar mudar de tempos em tempos.
Peugeot 106 Electric
Entre 1995 e 2003, o Peugeot 106 Electric ganhou as ruas, com o objetivo de alcançar 100.000 unidades em seu tempo de vida. Resultado: 6.400. Mas há uma explicação lógica por trás disso: o motor atingia apenas 27 cv de potência, o que o levava a uma velocidade máxima de 90 km/h, e autonomia de 100 km.
Ford Ranger EV
Picapes elétricas não são novidades, e a Ford Ranger EV é a maior prova disso, pois o famoso modelo da marca norte-americana chegou ao mercado em sua versão eletrificada, e durou tempo o suficiente para não ser lembrada: entre 1997 e 2002. O pior é saber que seu motor elétrico atingia 91 cv, o que é ínfimo para um carro deste porte.
Chrysler TEVan
Quem diria que a Chrysler, tradicional do jeito que é, e com seus planos de fabricar somente carros elétricos a partir de 2028, já teve um modelo que não apenas passou despercebido, como também passou vergonha: uma van do porte de Town & Country, mas com motor elétrico de 70 cv, e autonomia de 80 km.
Toyota RAV4 EV
A famosa Toyota RAV4 foi (e continua sendo) uma queridinha dos admiradores de SUVs, mas sua versão EV, eletrificada, não gerou a mesma comoção. Com 68 cv em seu motor elétrico, alcançava 97 km/h de velocidade máxima, e levava 18 segundos para fazer isso acontecer.
Então, agora que você já conhece os carros elétricos que ninguém mais se lembra, dá para perceber o quanto o segmento evoluiu nos últimos anos, desde o esmero no design e em outras questões, como a tecnologia e o desenvolvimento das baterias. Neste caso, o tempo fez muito bem.