Veículos elétricos de pouso e decolagem vertical, ou eVTOL, em inglês, é a denominação para os futuros carros voadores. Sim, aqueles vistos em filmes e desenhos animados dos anos 1960, e que agora estão mais próximos da realidade do que se pensam, inclusive no Brasil, através da Eve, empresa de mobilidade aérea urbana da Embraer. O projeto não visa apenas o desenvolvimento do carro elétrico voador, mas também a implantação de rotas para isso acontecer.
E a Embraer tem planos concretos: até 2035, há previsão de 200 eVTOLs circulando pelos ares do Rio de Janeiro, cidade escolhida para ser modelo para o projeto. O objetivo é que haja transporte de 4,5 milhões de pessoas, em mais de 100 rotas pela região metropolitana da capital carioca. E mais: o projeto será lançado, se tudo der certo, ainda em 2026.
Promessa é pioneira no país
Há muitas promessas envolvidas no projeto do eVTOL brasileiro, como a construção de vertiportos, ou o estacionamento para o tal do carro voador, além de muitas questões relacionadas aos pousos e decolagens, e à democratização do feito. No início, o aeroporto do Galeão e o Centro Empresarial Henrique Simonsen. Aliás, do Galeão à Barra da Tijuca estima-se que o trajeto custará cerca de R$ 300, e que poderá ser feito em apenas 15 minutos, independente de como o trânsito estiver nas ruas. Ou seja, a aposta é encurtar longas distâncias também.
Com a expertise da Embraer, que ultrapassa décadas, o consumidor encontrará o que a ficção científica promete há muito tempo. Nesse encontro anacrônico, o que resta é aguardar, com muita curiosidade, para saber o quanto a iniciativa vai ser levada até o limite, ou se o carro voador comercial conversará com o que Santos Dumont fez lá atrás por seu país. Resta torcer e esperar.