Um projeto da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) chegou em uma das grandes questões dos tempos modernos: como tornar a eletromobilidade algo plausível para a realidade das cidades brasileiras, tanto das grandes quanto das pequenas? Um protótipo batizado de eBus parece ter encontrado a resposta: seus testes foram tão expressivos que já há grandes marcas de olho nele, pois o modelo conseguiu rodas 100.000 km sem nenhum tipo de combustível fóssil.
Ou seja, o eBus foi preparado para girar por muitas viagens, e não precisa sequer se preocupar com a recarga em uma tomada, pois o seu sistema foi feito para que as baterias sejam recarregadas por energia solar. A ideia não é nova, e há vários protótipos do tipo rodando o mundo, mas o sucesso deste garantiu o olhar de diversas empresas privadas, e até o momento três delas estão de olho para patentear a tecnologia e colocá-la em prática por todo o país.
Clima no Brasil ajuda a estimular esse tipo de tecnologia
Apesar de ter sido desenvolvido dentro de uma universidade, o eBus tem porte de gente grande. Apenas com o seu protótipo, ele poderia ter dado duas voltas e meia no mundo, e carregado mais de 30 mil pessoas em viagens. Por enquanto, porém, cada trajeto de seus testes é de apenas 30 km, e a média é harmoniosa: 30 minutos por dia para testá-lo e corrigir o que não sai como o planejado.
Por isso, a UFSC o apelida de polo de pesquisa móvel, o que se complementa à tecnologia aplicada denominada como Sistema de Frenagem Regenerativa: um método de usar energia cinética nos freios. Contudo, os estudantes envolvidos no projeto querem mesmo continuar a desenvolvê-lo, antes de qualquer tipo de cessão de patente, para que ele seja aplicado em todo o país
